Monitorar e conservar para não remediar
A água é considerada um recurso renovável essencial à vida, pois sustenta a biodiversidade, mantendo em funcionamento os ciclos nos ecossistemas e populações. Esse ciclo hidrológico incluem: águas superficiais, subterrâneas e atmosféricas, e o movimento entre esses componentes é fundamental. A utilização dos recursos hídricos vai desde a captação, tratamento para posterior distribuição e acondicionamento em reservatórios sendo gerado águas de esgotos domésticos e industriais sendo este seguido por lançamentos de efluentes com alta carga orgânica ocasionando em poluições pontuais e difusas nos corpos hídricos.
A disponibilidade deste recurso para o seu uso e consumo deve ser reconsiderada. A desigualdade da distribuição hídrica apresenta algumas desvantagens que em conjunto da falta de conscientização e ação humana vem comprometendo a sustentabilidade deste recurso tão essencial para a nossa existência. Para facilitar a distribuição e atender a demanda de água, os sistemas de captação são realizados em rios próximos ao centros de distribuição, e é onde encontramos um grande problema.
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Em algumas cidades o crescimento populacional tem se dado principalmente em mananciais, essa ocupação desordenada causa impactos na qualidade da água como proliferação de algas, odores e problemas de palatabilidade. As áreas contaminadas provém principalmente de regiões sem condições adequadas de saneamento que tem como consequência processos de eutrofização nos ecossistemas aquáticos. A contribuição de concentrações de nutrientes tem como preocupação o aumento de florações de cianobactérias esses microrganismos produzem e liberam toxinas para o meio líquido que afeta a nossa saúde.
As águas de rios quando contaminadas trazem consigo uma carga de substâncias tóxicas, na maioria das vezes não monitoradas pelos laboratórios das empresas de abastecimento, o risco de contaminação devido às atividades humanas gera a necessidade de um monitoramento mais rígido da qualidade dos rios, lagos e córregos.
Existem vários fatores que geram poluição nas águas, pois está exposta a muitas substâncias tóxicas lançadas oriundamente no ambiente, de diversas fontes de emissões. A intensa prática de jogar resíduos sólidos urbanos, efluentes industriais, o aumento da descarga de lixos químicos, águas residuárias, esgotos domésticos não tratados lançados diretamente em rios e mares afetam diretamente nas águas superficiais e subterrâneas, gerando impacto na qualidade das águas. Um fator com grande relevância de contaminação na biota aquática são os resíduos de fertilizantes e agrotóxicos jogados sobre os campos de cultivo, atingindo os corpos d’água através da chuva, da irrigação, da percolação no solo, chegando aos lençóis freáticos.
A ação dos Comitês de Bacias é uma gestão participativa e compartilhada que beneficia, induz e produz práticas de proteção de nossos mananciais no que se refere à recuperação e conservação dos rios e córregos. Ao retratar essa poluição em grau mais avançado, é verificado que em estados da região Norte e Centro-Oeste , onde existe água em abundância, pouca preocupação existe no que se refere à proteção dos recursos hídricos. São nestas regiões que pouco ou quase nada se trata de esgoto urbano e praticamente nenhuma política pública conservacionista mais objetiva é implementada.
O foco do monitoramento e gestão dos recursos hídricos são dados quantitativos (monitoramento pluviométrico, vazão) e qualitativos, parâmetros monitorados: temperatura, pH, oxigênio dissolvido, turbidez, condutividade, fósforo etc.
Estima-se que há ausência de monitoramento em mais ou menos 50% do território brasileiro, e nos estados que é feito esse monitoramento a densidade de pontos é baixa em nível nacional, em vários locais as informações são insuficientes e poucas vezes são divulgadas para o público, muitas vezes há também a dificuldade financeira do estado para continuar o monitoramento dos rios.
Considerando esses fatos, define-se insatisfatório o monitoramento de qualidade de água, deixando grande parte da população sem conhecimento em relação à problemática da poluição hídrica no Brasil. Com essa falta de investimentos na recuperação da qualidade da água, nos leva à conscientização da importância de prevenção e monitoramento dos rios, levando em conta de que a água é de extrema prioridade humana.
Esses fatores que interferem na qualidade da água e sua disponibilidade para a população podem ser eliminadas através de órgãos públicos, aplicando tecnologias de remediação da poluição hídrica. Tomando em conta que a escassez de água gera instabilidade, refletindo num desequilíbrio social, gerando um quadro de caos gradativo.
Referências:
Disponível em: <https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/rios-brasileiros-descaso-com-nossas-aguas/>. Acesso em 10 de Jun.
Disponível em: <http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-5923.pdf>. Acesso em 10 de Jun.
Disponível em: <http://www.abes-rs.org.br/qualidade/palestras/adilson_nunes_fernandes.pdf>. Acesso em 10 de Jun.