FLORESTAS- A MÁQUINA DE FAZER CHUVA
- Ataize e Fabiana
- 6 de dez. de 2017
- 3 min de leitura
CHUVA!
Você já se perguntou de onde ela vem? A chuva que irriga sua produção! Já parou algum dia para pensar como ela se forma?
Para quem mora no sul, sudeste e centro-oeste da América do Sul, grande parte da chuva vem da Amazônia. Todos sabem que a Bacia Amazônica é a maior do mundo e que seus rios irrigam um vasto território possibilitando uma biodiversidade única e muito diversificada.
Todos os dias 17 bilhões de toneladas de água saem dos rios e deságuam nos oceanos. O que poucas pessoas sabem e que enquanto os rios correm para o mar, no ar se formam os RIOS VOADORES. Os rios voadores são uma espécie de curso de água invisível que circula pela atmosfera.
A Amazônia é responsável pela formação de rios voadores que viaja milhares de quilômetros e irriga toda a região central e sudeste da América do Sul. Região onde é produzido 70% do PIB do continente. O mais surpreendente é que o volume de água que a Floresta Amazônica coloca no ar é muito maior do que o volume que deságua no oceano, podendo chegar a 20 bilhões de toneladas de água todos os dias.
O fato de haver floresta é o único determinante para o transporte de umidade para dentro do continente. Na América Latina há uma grande pressão em cima das florestas, com a justificativa de que é preciso abrir novas áreas para a produção de alimentos. Mas há um contrassenso, em derrubar florestas e aumentar produção.
O Centro-oeste é umas das regiões mais importantes e mais produtiva do Brasil. Ali também se localizam o Parque do Xingu, na região nordeste do Mato Grosso, com seus 2.642.003 hectares. O Parque do Xingu é responsável por uma boa quantidade de chuva que irriga milhares de quilômetros de lavouras aos seus arredores. Muitos produtores da região consideram o parque uma imensa área improdutiva, mas não é bem assim.
Para quem pensa que florestas são improdutivas é melhor pensar de novo. A samaúma, assim como outras árvores de grande porte, tem raízes muito profundas e retira água dos lençóis freáticos, e bombeia essa água para as folhas que estão a 50, 60 metros do solo, essas folhas são estruturas fantásticas de evaporação. Uma árvore de aproximadamente 20 metros de diâmetro chega a evaporar 1000 litros de água ao dia. E se as árvores são máquinas de fazer chuva, elas deviam ser prioridades aos produtores, mesmo que eles nem sempre saibam disso.
Com o aumento do desmatamento pode haver grave redução das chuvas. Se menor for a quantidade de floresta, menor é a transpiração, prejudicando a formação de chuvas, sem floresta não tem água.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), as árvores da Amazônia colocam aproximadamente 20 bilhões de toneladas de água por dia na atmosfera, é esta água que é levada para o Sul do continente, pelas correntes de ar, e se transforma em chuva.
REFERÊNCIAS:
ALVES, Rodolfo. Rios Voadores: Rios Voadores. 2013. Geografia e Física do Brasil. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/rios-voadores.htm>. Acesso em: 22 ago. 2017.
Gérard Moss. Rios que Voam: Rios Voadores. 2014. Programa Petrobras Socioambiental. Disponível em: <http://riosvoadores.com.br/o-projeto/>. Acesso em: 22 ago. 2013.
ESCOBAR. Máquina de fazer chuva. Centro de estudo de sustentabilidade. Disponível em: http://gvces.com.br/maquina-de-fazer-chuva?locale=pt-br. Acesso em: 24 de agosto de 2017.
GREENPEACE. Sem floresta não tem água
Disponível em: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Sem-floresta-nao-tem-agua/. Acesso em 24 de agosto de 2017.
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